Pesquisadores encontraram substância capaz de formar dentina reparadora em exposições pulpares, o que pode reduzir a necessidade de materiais restauradores.

Um estudo publicado essa semana pela revista científica Scientifica Reports despertou o interesse e motivação dos dentistas. A missão odontológica atual é preservar tecido dentário.
É preciso ser conservador, e para isso, tenta-se promover o tratamento restaurador minimamente invasivo, o que aumenta a sobrevida do dente em função. Porém, em algumas situações, isso não é possível, pois a lesão cariosa ou fratura já atingiu ou está muito próxima do tecido pulpar. Simultaneamente causando a famosa exposição pulpar.

Tratamento

O tratamento da exposição pulpar, quando essa ainda está viva e sem sinais de infecção, o capeamento pulpar direto, requer materiais biocompatíveis, a fim de reparar o dano pulpar e restabelecer o tecido dentário perdido pela lesão cariosa ou fratura.

Pesquisa

Pesquisadores do King´s College de Londres publicaram essa semana bons resultados sobre uma possível capacidade da droga Tideglusib em promover reparo dentinário em exposição pulpar em roedores. Essa droga já foi testada previamente em estudos clínicos para tratamento de doenças neurológica como Alzheimer.
Para a pesquisa, foi simulado uma exposição pulpar em molares de roedores.
Primeiramente a droga teste foi levada à cavidade por meio de uma esponja biodegradável. Logo depois os resultados foram comparados com outros grupos como controle e com MTA.
Como resultado, o grupo teste (com a droga) não apresentou efeitos citotóxicos, e por meio de análise em tomografia computadorizada e histológica, houve aumento de dentina reparadora, esse aumento foi de 2 vezes maior do que no grupo controle (apenas com a espoja) e 1,7 vezes maior do que no grupo com MTA. Segundo os pesquisadores, a substância aumentou a atividade de células-tronco na polpa dental, que formaram dentina reparadora nas exposições pulpares de 0,13mm nos dentes dos roedores.
Clinicamente, esse resultado pode ser promissor. Afinal a formação de dentina reparadora, na região da exposição, controlaria a injuria pulpar; Bem como diminuiria a cavidade dentinária a ser restaurada. Sem falar que não há melhor material do que o tecido dentário natural, diminuindo assim as falhas restauradoras. Obviamente, esses resultados são estudos preliminares em roedores; Do mesmo modo futuras pesquisas devem ser realizadas para comprovar essa nova abordagem no tratamento das exposições pulpares.
Referência da matéria: Science Alert
Referência da pesquisa: Nature
Pesquisadores: Vitor C. M. Neves, Rebecca Babb, Dhivya Chandrasekaran & Paul T. Sharpe

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